Como ficar rico fazendo o que gosta

Qual é a carreira mais promissora para ganhar dinheiro hoje? Vale a pena investir em uma pós graduação no exterior? Será que vale a pena investir nessa carreira?

Por causa do coaching da Arata Academy, recebo uma média de 300 emails diários. Nem sempre consigo responder a todos na velocidade como gostaria e por isso algumas vezes escrevo posts aqui no blog que podem atender a algumas das dúvidas.

Uma delas é ligada a quais são as melhores carreiras profissionais a seguir.

É fundamental que a decisão seja pautada por um plano financeiro sóbrio e responsável.

Então, antes de se perguntar qualquer coisa (se é algo que gostamos ou não), a primeira premissa é:

– Essa carreira/atividade trará um fluxo de caixa suficiente?

Existem milhares de livros e bons conselhos escritos sobre como primeiro localizar a sua paixão e que todo o resto dá certo. Você vai ouvir histórias de guitarristas, pintores e floricultores que primeiro encontraram algo que amavam, ficaram no vermelho durante longos anos e, fazendo o que amavam, tornaram-se rockstars.

Bom, o que esses livros não contam é a história dos outros nove milhões, novecentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove fracassados que tentaram a mesma coisa e não tiveram sucesso tocando guitarra, pintando quadros ou plantando flores.

É fácil criar textos de inspiração caçando a exceção da exceção e tentando resgatar a fórmula de sucesso dessa aberração estatística, acreditando que toda a grande maioria poderá seguir os mesmos passos. Mas não é assim que construiremos nosso planejamento financeiro responsável.

Por isso, a abordagem conservadora é entender que se a carreira em análise não promete pelo menos cobrir nossas despesas e também permitir uma margem de folga para economia e investimento, não estamos lidando com uma boa escolha.

Feita essa seleção, podemos perguntar: – Temos prazer nessa atividade?

Se tiver prazer, é muito mais provável que você consiga ser consistente e acumular suas 10.000 horas de prática para tornar-se excelente no que faz.

Por exemplo, advogados especializados em direito tributário ganham muito dinheiro. Mas se você acha isso um pé no saco, provavelmente será um profissional medíocre que somente faz o mínimo necessário. E nunca entrará para o grupo de elite dos advogados mais reconhecidos nessa área.

Já existem pessoas demais que odeiam o emprego. Não seja mais um.

E por fim, seja realista também ao avaliar se você tem a expertise necessária para essa área.

Não quero destruir os sonhos de ninguém, apenas pedindo para sermos realistas. Por exemplo, para entrar para times de futebol profissional, existe todo um processo que é iniciado na escolinha, com molecada de 7 anos de idade sendo filtrada. Apenas os melhores sobrevivem.

Se você tem 22 anos nas costas, joga aquela pelada maomeno duas vezes por semana e se acha o bom da bola, desculpe. Você não é qualificado e com 99,99% de chances nunca será um jogador profissional que ganha o suficiente para preencher o primeiro quesito. Pode ser que seja o 0,01% da população que depois inspire um livro de motivação pessoal – mas eu não apostaria minhas fichas nessa exceção da exceção.

Em outros casos, ainda existe tempo para adquirir os conhecimentos. Lembro quando entrei para a faculdade de Direito e um dos calouros era pai de família, já calvo e de bigode. Ele era formado em psicologia, e disse que tinha prestado Direito para facilitar ser aprovado em concursos públicos.

Na época, o pessoal não tinha botado muita fé. E, surpreendentemente, em pouco tempo (ainda na faculdade), ele foi aprovado para um concurso público do Bacen. Hoje está provavelmente em outra instituição, ou, se estiver ainda no Bacen, tenho certeza de estar muito bem posicionado.

Então, para certos objetivos, existe sim o tempo para desenvolver talentos e colher os resultados.

Fui bastante conservador neste post, mas em textos futuros vou explorar um pouco mais dos casos de exceções que nos inspiram. Acho que é importante sempre balancear o que pode ser realizado com as chances de se alcançar resultados.

Mas uma dica que dou, principalmente com a experiência de meus clientes de coaching que ganham milhões e continuam com infelicidade em vários aspectos de suas vidas e me procuram: apenas pensar em dinheiro como objetivo único não traz satisfação.

Além do lucro financeiro que a atividade traz, procure também a satisfação pessoal e o senso de contribuição para uma causa, um propósito além de seus interesses imediatos.