Como Google, Facebook e Homer ganham dinheiro

Comentamos no post anterior como Homer Simpson ignorou o custo de oportunidade ao ficar feliz com um dólar durante suas vendas de açúcar, sendo que deixou de ganhar quarenta dólares no emprego na usina nuclear de Springfield.

Porém, é mais ou menos a mesma coisa que o Google e o Facebook fizeram durante seus primeiros anos: não tinham exatamente um modelo claro de receita. Estavam patinando igual Homer tentando ser empreendedor com um monte de açúcar encontrado pela estrada.

Obviamente que esta é uma heresia, considerada a história fantástica por trás dessas duas empresas que transformaram a indústria de tecnologia e nossa sociedade. Eu gosto muito de ler sobre a indústria de tecnologia (uma pequena lista de meus livros favoritos está no aplicativo Amazon dentro do meu perfil LinkedIn <- porém, para visualizar, você deve estar logado no LinkedIn primeiro. Fique à vontade para conectar!)

Em especial, destaco o livro The Search: How Google and Its Rivals Rewrote the Rules of Business and Transformed Our Culture (A Busca: Como o Google e seus rivais reescreveram as regras de negócios e transformaram nossa cultura) e The Facebook Effect: The Inside Story of the Company That Is Connecting the World (O Efeito Facebook: Os bastidores da empresa que está conectando o mundo).

Tanto na história do Google como do Facebook, o primeiro elemento era o VALOR oferecido pelo serviço. Nos primórdios do Google, ninguém tinha uma idéia clara de como ganhar dinheiro (monetizar), até que anos depois a receita baseada no modelo AdWords tornou a empresa multibilionária.

O mesmo aconteceu no projeto de dormitórios da Harvard University: o Facebook surgiu como uma série de experimentos malucos do Mark Zuckerberg, que tinha um grande talento em criar aplicativos viciantes. Conforme a popularidade fazia a comunidade Facebook crescer, vieram muitas propostas tentadoras para vender publicidade.

Mas não era essa a prioridade de Mark. Ele, bom estudante de teoria dos grafos e de crescimento e domínio empresarial sobre um setor, sabia que a prioridade era dominar o mercado para que todos estivessem conectados – isso faria com que o valor da rede social fosse muito maior. Hoje, a companhia vai muito bem financeiramente, a ponto de rejeitar ofertas de bilhões de dólares.

Se por um lado Facebook e Google possuem algo em comum, isso é um certo risco para nós, quando estamos no modo de pensamento Homer Simpson. Na empolgação mostrada no episódio Lisa’s Rival dos Simpsons, é fácil nos auto iludirmos, achando que estamos abafando, quando na verdade estamos em um belo barco furado.

Não bastassem as dificuldades do mundo empresarial, ainda por cima existem vários processos de distorção cognitiva e mecanismos de defesa do ego que alteram a nossa percepção da realidade. Ignoramos grandes oportunidades e nos deixamos seduzir por contos do vigário.

É por isso que A Classe Alta: Os truques de marketing e psicologia que aprisionam a classe média… e o que fazer para enriquecer vai a fundo nestes elementos, estabelecendo o preparo necessário para o enriquecimento.