TRON, filmes 3D, pirataria, vírus e adaptação

Acabei de voltar do cinema com minha namorada. Fomos assistir ao filme Tron, que teve uma bela produção, digna do surpreendente impacto que o filme original teve.

Mas o que eu achei mais interessante foi a sequencia de trailers que passaram antes do filme começar. Nesta temporada, teremos uma bateria de filmes tridimensionais: Piratas do Caribe, Thor (ambos prometem) e um que não me convenceu, com o título de O Quebra Nozes (não sei se será essa a tradução livre de Nutcracker).

Com filmes disponíveis para qualquer download via torrent ou mesmo em streaming em algum Tube, realmente faz sentido alcançar o próximo nível através de visuais tridimensionais.

Honestamente? Eu acho o tal 3D ainda super picareta. O óculos é pesado, incômodo, e precisei de uma certa criatividade e muita boa vontade para sentir a profundidade dos objetos. Parece que a tecnologia é essencialmente a mesma de um filme 3D do Freddy Krueger que vi uns 15 anos atrás.

Se eu puder aproveitar a virada de ano para dar uma de Mãe Dinah, apostaria em um dos seguintes cenários:

1) A tecnologia 3D vai continuar sendo um dos propulsores do cinema, e haverá muita inovação em pouco tempo;

2) A indústria cinematográfica vai continuar como incumbent preguiçosa e acomodada, repetindo o uso dessa tecnologia pelos próximos cinco anos. E os piratas levarão essa tecnologia para dentro dos lares a custo zero, novamente colocando a indústria em risco.

Por essa perspectiva, parece que a pirataria é parecida a um vírus (biológico ou de computador). que explora brechas e fraquezas.

Melhor procurar se adaptar do que resmungar ou querer resistir.