Feiura? Se você é feio, faça isso

Oi! Seiiti Arata. Quando você olha pro espelho, você vê uma pessoa feia? Talvez seja exagerado dizer que você, como um todo, é uma pessoa feia. O que é bastante comum é encontrar partes do corpo que não gostamos. A pele que não é boa, o nariz que é grande, o dente torto, a barriga que está estufada, ser baixinho demais. 

O ideal seria observar a própria imagem com aceitação, tranquilidade e até mesmo orgulho por cada detalhe do próprio corpo. Tem gente que até costuma dizer “Eu não sou feio. Os outros é que não me acham bonito”.

Porém, certas pessoas podem se sentir extremamente mal por conta de uma percepção inadequada, exagerada, distorcida. A pessoa que se acha muito feia pode passar por um grande sofrimento. Isso não é apenas vaidade, mas algo que pode prejudicar relacionamentos e até mesmo a carreira profissional. O que fazer quando você se sentir feio?

Caso você tenha coragem para enfrentar suas imperfeições, faça uma pausa no vídeo agora e comente abaixo qual é a parte do seu corpo que te causa mais insatisfação. Vamos usar essa informação mais tarde para fazermos um exercício que ajuda a você aumentar a sua qualidade de vida.

Pronto? Comentou com a parte do seu corpo (ou talvez o corpo inteiro) que você considera feia? Primeiro deixe apenas o comentário sobre qual é a parte do seu corpo que você acha feia. E agora, apenas para você mesmo, reflita: que emoção isso te causa? Raiva? Aborrecimento? Vergonha? Timidez? Ansiedade?

Depois de entender as suas emoções vamos continuar.

Tenha força para aceitar o que você não pode mudar do seu corpo. (148) - Seiiti Arata, Arata Academy

A sensação de feiura aumentou ao redor do mundo pois o cérebro humano faz comparações com as informações disponíveis.

A primeira coisa que você precisa ter consciência é que, antes da Internet, a base disponível para fazermos comparações era muito menor. Você comparava o seu nível de beleza com as pessoas do seu círculo social e também com algumas poucas celebridades que apareciam em televisão e revistas. Até pouco tempo atrás, havia poucos canais de televisão disponíveis, poucas revistas circulando.

Hoje as redes sociais nos trazem acesso a toda a humanidade conectada. Por isso, é óbvio que você vai encontrar exemplos de pessoas que são muito mais bonitas, especialmente dentro do seu padrão de beleza. Hoje, você está sendo comparado com as melhores fotos das pessoas mais bonitas do planeta e que muitas vezes usam retoques com edição de imagem. Existem estudos que revelam a relação entre a quantidade de uso de redes sociais cheias de fotos e os problemas de autoestima com o corpo.

De forma parecida, se eu gosto por exemplo de tocar música ou praticar algum esporte, hoje eu posso pesquisar na Internet e vou encontrar vídeos com a performance dos melhores do mundo. E eu não preciso me sentir um fracassado por não ter o mesmo nível de habilidade. Por isso não faz sentido você ficar se comparando com pessoas cuja profissão é baseada na imagem estética e são pagas para treinar o corpo, para fazer plásticas, para usar roupas, maquiagens, acessórios e até medicamentos voltados para a beleza.

Mas mantenha a calma. Talvez agora você me diga que não precisa se comparar com pessoas lindas para saber que aquelas suas espinhas na cara te trazem a sensação de ser feio. O que fazer então?

Desenvolvimento Pessoal Seiiti Arata, Arata Academy

Examine as soluções viáveis para continuar melhorando sempre.

A filosofia da Arata Academy é “Você melhorando sempre”. E com relação à sua beleza física, isso pode ser aplicado de várias maneiras. Primeiro, faça pesquisas e avalie para entender com clareza o que pode ser modificado ou não. Vou dar três exemplos para ilustrar diferentes níveis de viabilidade (alta, média e baixa).

Alta viabilidade. Por exemplo, se o que você escreveu nos comentários é algo que pode ser modificado de maneira viável, então experimente as soluções e veja como você se sente. Se você escreveu que não gosta das suas espinhas, pode encontrar uma mudança alimentar que ajude. Ou uma rotina diferente de limpeza e cuidado com a pele. Caso você queira emagrecer, visite o link aqui sobre maior entendimento alimentar e hormonal. Esses são exemplos considerados viáveis pois são práticos e possuem um baixo custo para experimentar e também baixo risco.

Média viabilidade. Porém, caso você tenha escrito que não gosta do formato do seu nariz, o custo financeiro de implementar uma solução de cirurgia estética é maior. Existe também um risco um pouco maior, pois estamos falando de uma cirurgia. Então dependendo de seus recursos econômicos e de como você se sente a respeito dos riscos envolvidos, pode ser viável ou não.

Baixa viabilidade. Já no caso de você ter nos contado que o que te incomoda é o fato de ser muito baixinho, então vai ser difícil encontrar alternativas viáveis. Você pode usar sapatos com um solado que dá alguns centímetros a mais. Pode mudar o seu penteado, para dar a impressão de estar mais alto. Pode melhorar sua postura. Existe também uma dolorosa e cara cirurgia para ficar mais alto, o que é inviável para a grande maioria das pessoas.

Entendeu o processo de tomada de decisão? É sempre necessário entender o que você deseja do preço que está disposto a pagar. Sobre custos, existem pessoas que gastam muito dinheiro com maquiagem, passam pelos riscos de usar esteróides anabolizantes ou cirurgia… ou gastam tempo tirando centenas de fotos para conseguir pelo menos uma fotografia que gosta. 

Você não pode fugir dos defeitos percebidos, mas deve buscar a verdade observando e compreendendo seu corpo. (148) - Seiiti Arata, Arata Academy

Por causa de tudo isso, a feiura percebida tem uma importância que vai muito além da pura vaidade e por isso é importante enfrentarmos este assunto de forma séria.

Agora, atenção! É possível que mesmo uma cirurgia cara e dolorosa não resolva. Você com certeza está pensando em pessoas que passaram por várias cirurgias para fazer retoques e nunca estão satisfeitas. O problema neste caso não está na aparência física e estética. O problema está dentro de nós mesmos, na maneira como nós vemos a nossa própria imagem.

Será que nesses casos o que o paciente está pedindo é uma modificação física do corpo ou será que ele quer ver a si mesmo de uma maneira diferente? 

Por um lado existe o desejo de mudança estética objetiva mas por outro lado também existe o desejo de mudança de percepção da própria imagem subjetiva.

Tenha força para mudar aquilo que pode ser mudado… e serenidade para aceitar aquilo que não pode ser mudado.

A chave principal do desenvolvimento pessoal é conseguir realizar escolhas conscientes e ter tranquilidade. Quando você percebe que a solução não é viável, isso significa que a mudança objetiva, visual, estética, externa não é possível.

Portanto, agora você pode subir de nível e trabalhar uma dimensão diferente, buscando uma mudança subjetiva, interna. Você precisa mudar a maneira como se relaciona com você mesmo e como se sente com relação a essa feiura.

Não estou dizendo para você fugir da realidade. Não basta apenas você parar de ficar olhando os corpos esculturais de revistas e redes sociais cheias de pessoas aparentemente perfeitas. Tentar se isolar é muito difícil e pode causar outras ansiedades. É melhor continuar trabalhando nosso desenvolvimento pessoal com relação à maneira como vemos a nós mesmos.

Se você não fizer adequadamente o processo de aceitação, pode passar por muito sofrimento desnecessário, como no caso de pessoas que sofrem de TDC – Transtorno Dismórfico Corporal, que antigamente era conhecida como dismorfofobia. Este transtorno acontece quando uma pequena falha corporal provoca uma insatisfação desproporcional. Se sentir feio pode virar uma obsessão e começar a prejudicar o seu dia a dia.

Devemos diferenciar entre o que podemos mudar do nosso físico e o que não podemos. (148) - Seiiti Arata, Arata Academy

O Transtorno Dismórfico Corporal – TDC prejudica a sua qualidade de vida por causa de um erro de percepção.

O TDC é uma preocupação exagerada e desproporcional por causa de uma falsa percepção de quem somos. O TDC é muito mais intenso do que você apenas achar que aquela parte do seu corpo é feia. É um transtorno você ficar todos os dias persistentemente pensando naquilo, mesmo quando outras pessoas de sua confiança dizem que o tal defeito é algo normal e imperceptível. 

Sua vida começa a ser afetada, pois você começa a deixar de participar de atividades por conta da sua feiura percebida. Por exemplo, você não quer aparecer em fotos de família por se achar feio, ou não quer encontrar amigos na praia ou piscina por não querer exibir seu corpo. 

O Transtorno Dismórfico Corporal pode causar tanta ansiedade que você fica com medo de ser julgado e ridicularizado… e, quando algo indesejado acontece na sua vida em geral ou no trabalho, você começa a acreditar que o motivo de não ter sido bem tratado é certamente por causa da sua aparência física. 

Esse é o viés de interpretação, que acontece quando você passa por alguma experiência negativa qualquer e começa a acreditar que é exclusivamente por causa do seu corpo. Imagine por exemplo que eu sou um péssimo motorista e alguém buzina para mim. Neste caso eu fico achando que as pessoas são rudes por eu ser feio… Em vez de perceber que eu na verdade preciso aprender melhor a habilidade de dirigir melhor. O viés de interpretação dificulta meu desenvolvimento pessoal.

Não precisamos ir até o extremo caso do TDC. Mesmo que você simplesmente esteja com um leve incômodo sobre sua aparência física, é possível trabalhar a sua percepção e autoestima. E uma solução baseada em evidência científica é a Terapia de Exposição ao Espelho.

A Terapia de Exposição ao Espelho é parecida com um processo de meditação.

Você pode usar o espelho para ter uma gestão melhor das suas emoções com relação ao seu próprio corpo. Isto funciona muito bem em casos não patológicos, em situações mais comuns em que nós apenas estamos um pouco insatisfeitos com o nosso próprio corpo. Porém, caso você sofra de uma depressão clínica ou algum caso grave com histórico de automutilação você obviamente deve procurar ajuda imediata de profissionais de sua confiança.

Vamos voltar aos exemplos mais comuns. Se por exemplo você não gosta do formato do seu nariz, evite ficar imaginando como seria bom você ter o nariz com formato diferente. Pode ser muito melhor para o seu bem estar psicológico simplesmente aceitar o seu nariz como ele é, aceitar que existem diferentes tipos de narizes no mundo todo e que não existe um formato certo ou errado. 

Não estou dizendo que ninguém nunca deve fazer cirurgia estética. Existem os casos em que a autoconfiança de uma pessoa aumenta muito depois de passar por uma cirurgia estética viável de baixo risco e que não prejudique a pessoa economicamente. 

O que estamos falando é que você não pode ficar fugindo dos seus defeitos percebidos. Você não deve fugir da verdade. Ao contrário, você deve buscar a verdade com o enfrentamento e observação de como é o seu corpo. É assim que você pode iniciar o processo saudável de autoavaliação e de compreensão de quem você é.

A Terapia de Exposição ao Espelho é um tipo de terapia cognitivo-comportamental de exposição. Um terapeuta treinado orienta o paciente se olhando no espelho por várias sessões com o objetivo final de melhorar a imagem corporal através da habituação, de você acostumar com sua imagem através de um olhar mais saudável. 

Te interessa saber mais? Então eu vou comentar três modalidades interessantes. 

Você pode adotar um tom neutro, livre ou positivo ao fazer seus comentários diante do espelho.

A primeira modalidade é neutra e eu preciso ficar olhando para diferentes partes do meu corpo sem fazer um julgamento. Isso é feito de forma neutra e objetiva como se estivesse simplesmente descrevendo algo. É parecido com uma meditação, em que você aprende a ver as coisas como elas são. 

E isso é muito difícil porque é comum eu ficar observando os pequenos detalhes que chamam atenção e que eu gostaria que fossem diferentes. 

É natural que você comece a fazer o seu julgamento, observando e dizendo pra você mesmo que está faltando musculatura no braço, que você gostaria que a cintura fosse mais fina, que o nariz fosse menor… E quando você perceber que está fazendo esse tipo de julgamento, mantenha a tranquilidade e deixe o pensamento ir embora. Apenas observe o pensamento vir e ir, sem ficar se julgando. 

Um erro de percepção pode causar uma preocupação exagerada sobre quem somos e os nossos defeitos. (148) - Seiiti Arata, Arata Academy

Por exemplo, em vez de descrever sua pele como “feia”, perceba que este é um julgamento. Você pode descrever dizendo que sua pele tem manchas e acne. Esta é uma descrição mais neutra. E pense também pela perspectiva de um observador independente. Se você encontrasse uma uma pessoa querida com a pele parecida com a sua, o que você pensaria? É bastante provável que você veja as mesmas características de pele com um olhar mais gentil e com maior aceitação.

Mantenha sua mente no momento presente. Não fique imaginando como você deseja ficar no futuro depois de se dedicar bastante na academia de ginástica. Não fique se lembrando do passado de como você era mais bonito e com a pele sem rugas no passado. Simplesmente observe como as coisas são hoje, no agora.

Caso você não goste de ser neutro, pode também experimentar uma segunda abordagem, que é a exposição pura. Você olha para o espelho e expressa livremente com autenticidade todos os sentimentos que experimentar quando está observando o próprio corpo. Não é necessário ser neutro e você pode revelar aquilo que você não gosta de você mesmo quando está olhando para o espelho, quais são os detalhes que você não gosta de você que você acha feio. Este não é um processo agradável mas que pode ajudar no processo terapêutico.

Uma terceira abordagem é uma exposição ao espelho com enfoque positivo em que a você direciona o foco de atenção nas áreas do corpo que mais são do seu agrado. A linguagem é positiva.

Isto funciona pois acontece uma modificação na auto interpretação que você tem com relação ao seu próprio corpo. Você ganha maior sabedoria e consciência sobre quem você é. Isto ajuda a reduzir o viés de interpretação. 

Você também pode reduzir o seu viés de atenção. Você começa a perceber o seu corpo como um todo e não apenas foco único naquelas partes que você não gosta de você. Sobre aprender a ter controle de foco, você pode visitar para mais detalhes.

Você pode se enxergar de maneira diferente e reduzir o filtro de negatividade e rejeição. Esta é uma maneira de reciclar a maneira como você interpreta a sua própria imagem e assim você ganha maior amor próprio e maior aceitação.

Dica bônus: Utilize o relógio com alarme para realizar uma sessão de observação diante do espelho durante dez minutos como parte do seu ritual matinal ou parte do seu ritual noturno. Nós temos vários vídeos sobre formação de hábitos e rotinas aqui no canal Arata Academy, aproveite bem.

O desenvolvimento pessoal aumenta sua consciência e sabedoria para lidar com os desafios da feiura percebida.

Uma parte dos seus defeitos percebidos pode ser melhorada através de uma alimentação melhor, de mais exercício físico, alongamento, roupas com o melhor caimento, saber fazer melhores poses quando vai tirar fotos ou até mesmo cirurgia estética em alguns casos. 

A sua sabedoria e autoconhecimento serão úteis para que você consiga diferenciar aquilo que está dentro das suas possibilidades para alterar e o que é que você deve aceitar pois não tem possibilidade viável de alteração. Caso você queira ter braços mais musculosos, você pode ir para academia. Caso você queira ser mais alto ou mais baixo, não há muito o que pode ser feito. E você deve aceitar.

Para que você ganhe maior consciência nas suas escolhas, você pode visitar agora o link para acesso a um treinamento rápido e prático para o seu Desenvolvimento Pessoal.