Oi! Seiiti Arata. Será que o YouTube não presta? Que o YouTube só tem porcaria e vai fazer você perder tempo? Aqui vai uma pergunta mais provocativa: será que o conteúdo inútil do YouTube é culpa sua? Hoje vamos trazer um pouco de psicolinguística, que é um conceito que vou te explicar daqui a pouco e daí você vai entender por que é que o conteúdo inútil do YouTube é culpa sua.
E realmente, o YouTube pode ser um grande desperdício de tempo… dependendo das suas escolhas.
Porém a culpa não é do YouTube, que é apenas uma ferramenta. O que faz toda a diferença é saber pesquisar assuntos úteis e de qualidade. A ferramenta vai recomendar vídeos que refletem os nossos interesses.
Se você só vê conteúdo inútil, a culpa é sua: você está usando a ferramenta da maneira errada.
O YouTube pode ser uma excelente ferramenta de aprendizado. Por exemplo, em vez de procurar por conteúdo inútil, eu posso procurar por algo me me ajude a melhorar em algo. O YouTube está cheio de conteúdo que pode ser útil e trazer um grande aumento na sua qualidade de vida.
Nós começamos a nossa conversa de hoje falando sobre a qualidade dos vídeos que aparecem como recomendação no YouTube, mas esse foi só o ponto de partida para entendermos algo mais valioso: entender a maneira como o nosso cérebro funciona.
Se você não souber usar seu cérebro, a culpa é sua: os seus resultados dependem das suas escolhas.
O cérebro é uma ferramenta, assim como o YouTube. E se você usar a ferramenta de forma errada, você vai ter resultados indesejáveis ou ineficientes.
A qualidade dos pensamentos que você tem vai determinar a qualidade das conclusões e das ações que você vai implementar. Por causa disso, vale muito a pena se perguntar se você está pensando da forma certa.
Será que você conversa com você mesmo do jeito ideal? Consegue escutar a sua voz na sua mente nos momentos em que você está refletindo sozinho? Você fica avaliando você mesmo? Fica se julgando?
Quer ouvir o seu diálogo interno agora?
Durante este tempo em que eu fiquei quieto sem falar nada você com certeza escutou sua voz interior. Mesmo que você tenha pensado “eu não estou pensando em nada”, este foi o pensamento da sua cabeça, a sua voz interna.
Durante estes momentos de conversa interna, você chama você mesmo pelo seu nome? Uma pesquisa científica recente e diz que esta pode ser uma importante mudança que você pode realizar para ter uma vida melhor.
Você precisa de usar um pouco de ileísmo [ ILEÍSMO ], que basicamente é usar o seu próprio nome quando falar de você mesmo para ter mais presença e consciência da sua conversa interna. Já vou te explicar essa dica em mais detalhes.
A sua qualidade de vida é influenciada pela qualidade dos seus pensamentos e perguntas.
As perguntas que você faz para você mesmo determinam as conclusões a que você vai chegar. E essas conclusões determinam a sua ação, ou sua falta de ação.
Vale muito a pena você entender mais sobre a psicolinguística que eu mencionei rapidamente no começo do nosso bate papo. Psicolinguística é o estudo da relação entre fatores psicológicos e aspectos linguísticos. A maneira como você fala com você mesmo influencia muito na maneira como você age.
Uma boa utilização do monólogo interno tem efeitos positivos. E isso é estudado principalmente no mundo dos esportes, em que a alta performance é essencial e pequenos ganhos podem separar quem ganha a medalha de ouro ou medalha de prata.
Se você fica xingando você mesmo, usando um diálogo negativo interno, carregado de pessimismo, ou se você faz as perguntas erradas para você mesmo, você está se limitando.
O ideal é você utilizar linguagem que dê apoio para que você consiga cumprir os seus grandes objetivos. Este é um dos pilares do trabalho que nós fazemos nos treinamentos Arata Academy. Você precisa melhorar a qualidade dos seus pensamentos para poder melhorar a qualidade das suas ações e dos seus resultados.
A pessoa sujeita ao fracasso geralmente se pergunta “o que é que eu fiz para merecer essa situação?”
Já a pessoa que obtém sucesso geralmente pergunta “quais ações eu devo realizar para melhorar a minha situação?”
Vou te dar um exemplo. Imagine um rapaz solteiro, tímido e sem muita autoconfiança. Quando ele tenta conversar com alguma garota que ele acha atraente, ele fica sem saber o que dizer, gagueja e depois fica pensativo e se perguntando porque é que ele sempre fica nervoso quando tenta falar com alguém.
Este tipo de pensamento pode dar início a uma espiral negativa em que ele pode até mesmo começar a se xingar. “Eu sou mesmo um fracasso, eu nunca vou melhorar, eu deveria ter ficado em casa em vez de ter saído…”
Crie o hábito de fazer perguntas de melhor qualidade.
Uma maneira melhor de utilizar o monólogo interno é começar a fazer perguntas de melhor qualidade. Como é que eu posso melhorar a maneira como eu converso com pessoas? Como é que eu aumento a minha confiança? Quais assuntos eu posso utilizar para iniciar uma conversa interessante? O que eu posso fazer de diferente na próxima vez? Quais são as pessoas que podem me ensinar algo útil para me ajudar?
Entendeu agora por que pode ser dito que o conteúdo inútil do YouTube é culpa sua? Você pode dizer isso para a pessoa que reclama que o YouTube só tem conteúdo lixo, porque aquela pessoa que reclama provavelmente está utilizando as palavras erradas na busca do YouTube.
A pessoa que sabe utilizar boas palavras de busca vai encontrar conteúdo valioso. Isso também vale para o seu monólogo interno. Se você usar as palavras certas, vai encontrar conteúdo valioso dentro da sua cabeça. A sua vida será completamente diferente dependendo do tipo de perguntas que você faz.
Converse com você mesmo na segunda ou na terceira pessoa.
Normalmente o nosso monólogo interno é feito na primeira pessoa. Os exemplos comuns são “hoje eu preciso sair mais cedo porque eu tenho uma reunião” ou “acho que eu poderia ter feito aquele trabalho com mais capricho e com menos pressa”.
Pouquíssimos indivíduos utilizam a segunda pessoa. No meu caso seria incomum eu dizer “Seiiti, você tem que fazer um vídeo sobre Psicolinguística” ou “Seiiti, você vai preparar o jantar daqui a pouco”
Ainda menos pessoas usam a terceira pessoa para esta conversa interna. Imagine eu falando sozinho assim: “Agora o Seiiti vai compartilhar uma dica de uma pesquisa científica sobre Psicolinguística”, ou “Hoje o Seiiti vai abrir inscrições para o curso”.
Segundo os estudos recentes, quando eu falo usando o meu nome na terceira pessoa, existe um fenômeno interessante e útil de desidentificação, desengajamento.
Quando eu falo na terceira pessoa, é como se realmente houvesse outra pessoa do meu lado me motivando e me ajudando a dar as ordens corretas para que eu chegue às conclusões certas e realize as melhores ações.
A minha performance é superior quando eu faço esse diálogo interno. Por isso que quando nós estamos realmente concentrados, é comum realizarmos uma descrição daquelas nossas ações.
Por exemplo, se estou cozinhando algum prato diferente e que exige uma preparação mais cuidadosa, é comum pensar “bom, primeiro eu vou esquentar o forno e vou começar a picar a cebola. Agora que eu acabei de picar a cebola, vou cortar a carne em cubos. Será que o forno já está bom? Ah, ainda preciso esperar mais um pouco, então enquanto isso vou verificar quais são os próximos ingredientes…”
Este tipo de monólogo interno ajuda a ter uma boa consciência das ações que eu estou realizando e o meu resultado será superior. Mas o monólogo interno é algo que todo mundo já faz.
A dica especial de hoje é você utilizar o ileísmo, que é se referir a si mesmo na terceira pessoa para montar o seu diálogo interno. Isso funciona em situações específicas de alta performance, para que você fique consciente das ações que você deve realizar e como deve realizar as ações.
Quando você precisa de alta performance, falar com você mesmo na primeira pessoa vai trazer resultados mais fracos para você.
Talvez por isso, no mundo da alta performance, existam dois nomes bastante conhecidos que estão associados ao ileísmo: Pelé e Maradona, dois dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Aliás, escreva nos comentários quem é que você acha que é o melhor jogador de todos.
Tenha clareza de como é o seu monólogo interno.
A primeira coisa que você precisa é ganhar uma clareza maior sobre a forma como você conversa com você mesmo. Existem duas boas técnicas para isso.
Primeira técnica: Quando você perceber que você está pensando sozinho, você pode anotar seus pensamentos, procurando ser o mais fiel possível sobre a estrutura e forma dos seus pensamentos.
Segunda técnica: Você pode simplesmente utilizar o gravador de voz do seu telefone e repetir em voz alta qual foi o pensamento que você teve, qual foi exatamente o seu monólogo interno.
Se quiser ir além, você até mesmo pode criar uma planilha ou uma tabela e contar a cada dia qual é a quantidade de pensamentos que você teve na primeira pessoa, ou na segunda ou terceira pessoa. Deste modo, você pode acompanhar a sua evolução.
Nenhum life hack supera a falta de habilidade.
Eu pensei várias vezes antes de utilizar o termo life hack, pois infelizmente ele tem sido abusado com falsas promessas exageradas. A dura realidade é a seguinte: nenhum life hack vai superar a falta de habilidade.
Em uma situação que exija alta performance, o mais importante de tudo é fazer o devido treino para adquirir todas as habilidades necessárias. Por exemplo, caso eu esteja participando de uma competição de corrida, o mais importante é eu treinar os meus músculos, a minha mente e a minha técnica de corrida. A base dos meus resultados é justamente este treinamento que vai representar a minha habilidade.
Apenas no caso de uma situação em que eu realmente tenha treinado ao máximo a minha habilidade e eu esteja competindo contra outros corredores de semelhante nível de habilidade, então, aí sim, o life hack pode ajudar um pouco.
Em vez de eu ter pensamentos do tipo “eu preciso respirar fundo e pisar no ângulo certo para ter mais estabilidade”, será mais útil eu pensar “o Seiiti precisa respirar fundo. Agora o Seiiti precisa pisar no ângulo certo para que ele tenha mais estabilidade”.
Este é um tipo de melhoria incremental que não vai fazer milagre, mas pode ajudar a aumentar o foco e os resultados numa situação de alta performance desde que a base esteja firme.
A qualidade das respostas que nós obtemos depende muito da qualidade das perguntas que nós fazemos. E a qualidade das perguntas que nós fazemos está muito ligada a forma como nós conversamos com nós mesmos. Essa é a psicolinguística.
Fazendo uma comparação, quando você busca palavras de baixa qualidade no YouTube ou em qualquer outro buscador, só pode obter conteúdos de baixa qualidade. O mesmo vale para o seu monólogo interno.
Por isso, seja mais gentil com você mesmo. Converse de maneira a melhorar os seus resultados e não de modo a colocar você mesmo para baixo. Uma boa maneira de fazer isso e obter mais presença é conversar consigo mesmo na segunda ou na terceira pessoa.
Mas lembre que não basta um life hack desse ou outro truque qualquer para gerar uma grande transformação na sua vida.
A verdadeira transformação acontece quando você trabalha a sua base. Isso significa entender o que é que você deseja melhorar, saber qual é o nível de sacrifício e dedicação e se concentrar naquilo que vai te trazer o maior resultado e aplicar com consistência. Isso sim é desenvolvimento pessoal. Por causa disso eu convido você a liberar seu acesso a uma aula de apresentação do nosso treinamento Desenvolvimento Pessoal visitando o link aqui.