Oi! Seiiti Arata. Se você é um dos poucos pais e mães que tem um genuíno interesse em acompanhar o progresso acadêmico do seu filho, se você quer fazer a diferença na educação das suas crianças pra que elas fiquem acima da mediocridade, aqui vai uma dica: dê menos importância para a nota que seus filhos estão tirando na prova.
1. A nota da prova diz pouca coisa
Geralmente (e infelizmente), a nota que o seu filho tirou na prova da escola apenas reflete a capacidade de usar a memória de curto prazo para memorizar rapidamente respostas para algumas questões algumas horas antes da prova.
Quando nós estamos perguntando para nossos filhos quanto eles tiraram de nota na prova, estamos apenas verificando se eles conseguem manipular o sistema e decorar temporariamente as respostas.
A nota da prova não significa não é um indicador confiável de houve aprendizado de verdade. É por isso que muitos alunos que tiram notas altas na escola são reprovados no ENEM ou na prova do vestibular. O motivo é que nestes exames mais longos, é praticamente impossível utilizar a memória de curto prazo para decorar algumas respostas sem entender o que você está fazendo.
2. A boa escola avalia o aprendizado
Em boas escolas, existe preocupação sincera com o aprendizado. E daí as provas são aplicadas como uma maneira de dar um incentivo adicional para o aluno ficar constantemente estudando e revisando a matéria pois é assim que ele vai aprender. Tem escolas que aplicam prova quase que diariamente em diferentes matérias – isso dá um trabalho adicional pro professor, que vai precisar dedicar mais tempo corrigindo os exames, mas isso ajuda a ter um tipo de prova que ajuda no aprendizado.
Entretanto, em escolas que não se importam com o aprendizado, a prova é um grande faz de conta. A prova acontece apenas em semanas especiais e inclusive os professores avisam antecipadamente quais serão as perguntas. Ficam repetindo “classe, prestem atenção porque isto vai cair na prova!” e só assim conseguem o devido respeito dos alunos, que prestam atenção temporariamente, decoram a resposta, fazem a prova e logo na sequência esquecem tudo. Os pais ficam felizes com o boletim e todo mundo finge que houve aprendizado. Até o dia que vem a decepção com o vestibular.
3. O foco deve ser no estudo e não na prova
Aqui na série Oi! Seiiti Arata nós dedicamos vários episódios recentes sobre a importância da prática. Se você ainda não é assinante do nosso canal youtube, digite no seu navegador o link aqui pra receber notificações sempre que tivermos novos vídeos.
O que vimos até aqui é que a nota da prova é o produto final. E que não queremos manter o nosso foco no resultado, mas sim na prática diária que representa o verdadeiro estudo.
Nas escolas públicas, anota é o que vai determinar o grau de sucesso da escola durante o momento de avaliação entre os fiscais do governo ver se a escola teve um bom rendimento. Como a nota dos alunos vai influenciar a reputação da escola e os futuros recursos e benefícios que a escola receberá do governo. E na escola particular, a boa nota representa pais felizes e dispostos a continuar pagando as mensalidades. E nenhum dos dois casos, a boa nota está representando o verdadeiro aprendizado e maestria do conhecimento.
4. A nota não representa o valor atual ou potencial do aluno
As notas no final das contas podem até influenciar o nosso senso de valor próprio. A crença de que existem alunos bons, alunos medianos ou alunos fracos com base no número da nota de prova pode inclusive estimular a cola, que é o símbolo máximo de que vale a pena trapacear para atingir o resultado final.
Que lição de vida o aluno está aprendendo ao trapacear? Quantos alunos tiram notas excelentes, mas no final das contas não aprendem nada de útil?
5. Entenda como o cérebro funciona no aprendizado
O nosso cérebro reúne informações da memória de curto prazo e também na memória de longo prazo. Estudar para prova na véspera apenas está utilizando a nossa memória de curto prazo. A pior parte de todas quando os professores já avisam com antecedência qual será a pergunta que vai cair na prova. E os alunos se sentem no direito de perguntar “Professor, isso que você está falando agora é algo que vai cair na prova?” – basicamente isso quer dizer que se não cair na prova eles não querem aprender, quer dizer, não querem memorizar. Não vale a pena.
Querer saber o que vai cair na prova é um sinal de que o aluno não tem interesse em estudar nada além do que o mínimo necessário. A única coisa que conta é o número do final. O aluno vai para a escola para tirar nota porque é isso o que os pais perguntam: “Quanto você tirou?”
Na época que eu era aluno, eu lembro de colegas meus que ficavam com raiva de ter estudado mais do que precisavam. Eu mesmo, na minha vida adulta, também me senti assim: quando estudei para a prova de admissão pro mestrado, tive que ler vinte livros diferentes, e apenas me perguntaram um assunto que era assunto de um só dos livros. Fiquei meio indignado de ter me esforçado mais do que necessário. Essa é a mentalidade de quem só vê valor no número e não no aprendizado.
6. Colabore pro verdadeiro aprendizado
Quando os pais querem de verdade ajudar nos estudos, eles podem colaborem para que o aluno estude constantemente, independentemente da prova.
Lembre deste sábio provérbio:
Se eu escuto, esqueço. Se eu vejo, entendo. Se eu faço, aprendo.
Não adianta nada estudar de forma passiva, apenas ouvindo ou vendo. O que vai fazer toda diferença pra fazer. Ao fazer, estamos com nosso cérebro no modo ativo. Precisamos ligar os pontos, temos que raciocinar e fazer boas escolhas. A simples leitura até pode ajudar na compreensão, mas não vai proporcionar o verdadeiro aprendizado.
Uma dica adicional: também não adianta ficar apenas grifando trechos do livro. É necessário escrever com lápis e papel usando as próprias palavras. É este o motivo de você sempre ver eu pedindo que você tenha lápis e papel e faça a suas próprias anotações tanto aqui nos vídeos grátis do youtube como também dentro do ambiente de aulas pros alunos dos cursos online da Arata Academy. Se você fez o nosso curso Como Aprender Mais Rápido você já sabe do que eu estou falando. Caso você ainda não conheça o curso, visite o link aqui.
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