Proatividade: cachorros de Pavlov e Viktor Frankl

Stephen Covey, em Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (link afiliado) diz que o primeiro hábito é a proatividade.

O que vem a ser isso? Para entender proatividade, duas histórias ajudam: uma relacionada a Pavlov e outra a Viktor Frankl.

1) Ivan Petrovich Pavlov

Pavlov era um russo que ficou conhecido pelos experimentos que fazia com cachorros.
Ele percebeu que cães passavam a salivar não apenas diante de estímulos diretos (como o aroma de um alimento saboroso), mas também diante de outros estímulos indiretos (como os sons dos passos de seu assistente que supostamente traria o alimento).

A partir desses experimentos, Pavlov entrou para a história contribuindo com teorias sobre condicionamento na teoria da psicologia do comportamento.

A pergunta que fica é: será que nós, humanos, somos também necessariamente influenciados assim?

Qual a força do condicionamento em nossas ações? Quais os estímulos que fazem com que nossas respostas sejam elaboradas?

O exagero na crença das teorias de condicionamento comportamental pode levar a um determinismo reativo, justamente o contrário do “proativo“.

2) Viktor Frankl

Psiquiatra judeu, Viktor Frankl foi prisioneiro em campo de concentração nazista e lá testemunhou atrocidades e abusos além do limite que pessoas normais poderiam suportar.
Diante de sua condição de prisioneiro, ao invés de ser influenciado pelo ambiente opressivo, Viktor manteve sua identidade intacta. Ele decidia como o mundo ao seu redor o afetava.

É relatado que Frankl fazia experiências em que se imaginava em diferentes circunstâncias, como em uma sala de aula após ser libertado. Viktor demonstrou uma força mental, emocional e moral que impressionava não apenas outros prisioneiros mas inclusive os próprios nazistas.

A lição de Frankl, que posteriormente escreveu o livro Em Busca de Sentido: Um psicólogo no campo de concentração (link afiliado), é que o mais importante é como nós respondemos ao que acontece em nossas vidas.

Proatividade e reatividade

A pessoa proativa tem noção da capacidade de resposta dela diante dos acontecimentos da vida. Elas não ficam choramingando por causa de circunstâncias desfavoráveis. O seu comportamento é um produto de sua escolha consciente de como lidar com os elementos existentes.

Aquele que não faz isso é, ao contrário, reativo. A pessoa reativa é objeto do determinismo de Pavlov. Se ela está presa no trânsito e alguém ao lado buzina, ela também buzina e se sente irritada. Quando ela é elogiada, ela se sente bem. Quando alguma crítica lhe é feita, ela se sente mal ou então passa a se defender e justificar.