Até agora foram comentados os três primeiros hábitos (1 – proatividade / 2 – começar com o objetivo em mente / 3 – primeiro o mais importante).
Os três primeiros hábitos, diz Covey, são os hábitos que levarão seu praticante à vitória privada. A automaestria, autodisciplina e autocontrole são importantes para criar a fundação a partir da qual construiremos boas relações com outros.
Nada poderia ser mais verdade. Quantos não conhecemos indivíduos que não têm paz consigo mesmos, que não têm o menor autocontrole? Certamente eles são provas vivas de que sem a fundação da vitória privada, é impossível tentar desenvolver relações positivas com outras pessoas.
Clip “Fora de Si”, de Arnaldo Antunes, com trechos do filme Bicho de Sete Cabeças, em que Rodrigo Santoro vive um personagem que vive momentos de perda de controle em um instituto para viciados em drogas.
Para estarmos preparados para a jornada em caminho da interdependência (a vitória pública em que nos relacionamos com outros), precisamos das fundações da independência (a vitória privada em que nos conhecemos e temos autocontrole).
Covey é enfático ao dizer que se não tivermos atingido a verdadeira independência pelos três primeiros hábitos, é uma tolice tentar adquirir habilidades de relacionamento interpessoal – podemos até ter algum pequeno sucesso, mas uma hora a falta de congruência fará com que a máscara caia. Para Covey, não é tão importante o que fazemos ou o que falamos, mas sim quem nós somos.
Portanto, voltando ao conceito inicial de Ética do Caráter e Ética da Personalidade, se as nossas atitudes vêm da Ética da Personalidade, que é feita de truques, gimmicks e técnicas de relacionamento interpessoal ao invés do nosso centro verdadeiro (inner core), a duplicidade será notada.
Antes de prosseguir com o quarto hábito, Covey apresenta uma poderosa metáfora (a conta bancária de emoções) que será comentada em breve.