Para entender melhor o terceiro hábito (primeiro o mais importante – first things first), usamos a tabela abaixo publicada pela Revista Você S.A., edição 45.
Neste capítulo, Covey argumenta com razão que para nós é muito fácil identificar urgências: é o chefe que chama para uma reunião, é o telefone que toca insistentemente, uma correspondência que é deixada em nossa mesa. São, em alguns casos, atividades simples ou até mesmo prazerosas. Porém, podem também ser improdutivas não apenas para nós mesmos mas inclusive prejudicar o rendimento daqueles ao nosso redor.
Já por outro lado as atividades importantes são aquelas que estão relacionadas a resultados, ligadas aos nossos princípios. Seguindo a tabela acima, Covey diz ser importante focalizar nosso tempo no quadrante II.
Geralmente, diante das atividades urgentes, temos uma postura reativa. Para exercitarmos o primeiro hábito, a proatividade, temos que nos mover para as atividades não urgentes de planejamento e prevenção.
Para Covey, a única maneira de conseguir mais tempo para o quadrante II é extraindo-o dos quadrantes III e IV.
Não podemos ser irresponsáveis e ignorar as atividades urgentes e importantes do quadrante I, apesar dele diminuir naturalmente de tamanho conforme o quadrante II recebe atenção.
Praticando corretamente os Hábitos I (proatividade) e II (começar com o objetivo em mente), as suas prioridades serão cada vez mais claras. Assim, quando uma nova atividade que possa consumir seu tempo lhe seja apresentada, será mais fácil discernir se merece ou não ser incorporada à sua agenda de afazeres. Caso seja uma atividade não importante (quadrantes III e IV), recuse. Este é o poder do não.
Quanto tempo não perdemos com conversas desnecessárias ao telefone?
Muitas vezes, para agradar aos outros, seja nosso chefe, esposa, filhos ou vizinhos, acabamos aceitando fazer atividades que não podem receber prioridade em função das tarefas importantes que já temos.
Stephen Covey acredita que o problema da maioria das pessoas não é falta de disciplina. O problema é que suas prioridades não estão internalizadas em seus corações e mentes: o Hábito 2 (começar com o objetivo em mente) não está pronto. Napoleon Hill diria que não há um desejo ardente. Viktor Frankl diria que não há propósito.
Sem um conjunto claro de princípios motivacionais, sem uma “missão pessoal”, semelhante à “missão da empresa”, não temos as bases necessárias para sustentar os esforços.
Quando o quadrante II está bem implantado, ele se torna um local natural e atraente para investir nosso tempo.
Com um conjunto claro de interesses no quadrante II (planejamento, desenvolvimento de relacionamentos, atividades criativas…), é mais fácil resistir à tentação de desperdiçar tempo nos quadrantes III (interrupções, telefonemas, atividades populares…) e IV (correspondência sem importância, televisão, detalhes sem importância…)