Da dependência para a independência

Covey prossegue o livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (link afiliado) apresentando outro conceito importante: o caminho da maturidade que parte da dependência, passa pela independência e chega à interdependência.

O que isso significa?

Quando nascemos, somos totalmente dependentes dos outros. Não temos a capacidade de análise crítica, nem mesmo de nos alimentarmos ou caminhar. Com o passar dos anos, ficamos mais e mais independentes em todos os sentidos: físico, intelectual, emocional. Posteriormente, podemos ainda notar que a natureza das coisas não é independente, mas sim interdependente.

Precisamos ter em mente que existem vários ângulos pelos quais podemos nos analisar para saber se estamos em um estágio de dependência, independência ou interdependência, portanto. Posso ser emocionalmente dependente e fisicamente independente, por exemplo.

As pessoas dependentes precisam dos outros para alcançar objetivos. Podem ser vítimas de um acidente que as deixa paralíticas (dependência física), altamente consumistas a ponto de terem sua identidade definida pelos produtos que compra (dependência de identidade), precisar de constantes elogios e validação para se sentir bem (dependência de auto-estima), “colar” em exames de faculdade (dependência intelectual)… são vários os exemplos.

Feito um trabalho de auto-conhecimento e fortalecimento da identidade, a independência pode ser alcançada. Para isso, Covey dedica os hábitos 1, 2 e 3 do livro, que serão analisados oportunamente.

Aquele que é independente intelectualmente não precisa de comparar seus pensamentos com o de outras pessoas. Emocionalmente, é aquele que também não se importa tanto com a impressão que causa aos outros, e é validado de acordo com o seu próprio conjunto de ideais. Enfim, é o indivíduo que consegue ir atrás do que quer sozinho sem depender de ninguém.

Antes de prosseguir para fechar estes conceitos com a interdependência, fica a sugestão de assistir ao filme Fight Club (Clube da Luta), notando a transição do personagem narrador de um modelo dependente para independente.

A história de desenrola logo após o narrador (Edward Norton) ter o seu apartamento completamente incendiado. Todas as suas roupas, sofás, aparelho de som e demais itens que o definiam enquanto pessoa foram destruídos. O que o narrador do filme mais tarde descobrirá é que a destruição de seu apartamento foi um passo tomado para sair de um modelo dependente (de consumo) para uma fase independente (porém ainda longe da interdependência).